Nas minhas mãos que eu vi sempre vazias
Alguém, um dia, leu a minha sorte:
Lutarás; sofrerás até a morte.
Bem dizem tuas mãos brancas e frias.
Eis começado um drama de agonias.
E as minhas mãos, as minhas mãos de um forte,
Mil grilhões rebentaram num transporte,
Jogaram pedra contra as tiranias.
Nunca, inúteis, inermes, vis, pararam.
Se abençoaram com a ternura infinda,
Foram tremendas quando castigaram.
E haveis de vê-las, para o meu conforto,
Hirtas, crispadas sobre o peito e ainda
Esmagando ideais num peito morto...
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